Ideias

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quinta-feira, 12 de junho de 2014

A história do livro

A história do livro








A palavra livro provém do latim liber, um termo relacionado com a cortiça da árvore. Um livro é um conjunto de folhas de papel ou de qualquer outro material semelhante que, uma vez encadernadas, formam um volume.


De acordo com a UNESCO, um livro deve conter pelo menos 50 folhas. Caso contrário, é considerado um folheto. Convém destacar, de qualquer forma, que existem os livros digitais (os e-books que, em vez de folhas, têm arquivos para ler num computador ou qualquer dispositivo electrónico específico) e os livros áudio (o registo de alguém a ler, de modo a que o livro seja acessível para as pessoas invisuais, por exemplo).
O livro é uma ferramenta de transmissão de conhecimento.




Todos nós acompanhamos na escola, em História, o crescimento das grandes civilizações e o desenvolver da Humanidade, portanto, não é novidade que a invenção da escrita foi um dos maiores passos do Homem. Ajudou a desenvolver toda uma complexa sociedade, nomeadamente com registos históricos, religiosos, científicos e claro, com o florescer da Literatura.

Falar desta evolução é falar de evolução social, cultural e até geográfica, e como tal a história do Livro está directamente ligada à história da Humanidade.

Na civilização mais antiga da Humanidade, a Suméria, o livro era um tijolo de barro cozido, argila ou pedra, com textos gravados ou cunhados. Esse tipo de escrita é datado de 3500 anos A.C. e é o primeiro registo humano de escrita.

A evolução deste registo deu-se no Egipto com os rolos de papiro que chegavam a vinte metros de comprimento, escritos com hieróglifos. O termo hieróglifo advém da união de duas palavras gregas: hierós (sagrado) e glyphós (escrita), desde logo uma adoração às palavras.












Os indianos faziam livros de folhas de palmeiras. Os maias e os astecas em forma de sanfona, de um material existente entre a casca das árvores e de madeira. Os chineses, por sua vez, utilizavam rolos de seda para fazer os livros e os romanos escreviam em tábuas de madeira cobertas com cera.


                                    






Com o surgimento do pergaminho, feito geralmente de pele de carneiro, tornou-se possível o fabrico de livros como os que hoje conhecemos, contudo diferentes dos actuais no tamanho, pois eram enormes, e caros, pois necessitavam da pele de vários animais.


 



                                         



 Mais tarde, embora conhecido há muito tempo na China, o papel chega à Europa e com o invento da prensa de Gutenberg, o livro impresso, feito de papéis costurados e posteriormente encapados, torna-se realidade. Com essa invenção foi possível fazer vários exemplares dum mesmo livro a um preço acessível, popularizando e democratizando a leitura.













Voltando à Europa e aos suportes mais rígidos, tábuas de madeira revestidas de cera eram utilizadas na Roma Antiga para anotações quotidianas, com a vantagem de poder ser apagada, simplesmente raspando a camada de cera escrita e substituindo por uma nova camada lisa. Nas chamadas tábulas se escreviam com uma espécie de estilete ou marcador de ponta fina.

  
No entanto, a história do livro continua. Desde a antiguidade, o registo da escrita é acompanhado pela religiosidade e pelos privilégios daqueles que de alguma forma mantinham a sociedade sob controle. Isto levou a censuras, como o Index, da Igreja Católica, e a muitas outras Listas de Livros Proibidos.










Adorados desde a antiguidade, hoje em dia a evolução continua a dar-se. E-books e audio books são cada vez mais comuns e nenhum de nós sabe até onde a história do livro irá. O essencial é que este importante e mágico objecto continue a fazer parte da história da Humanidade, influenciando-a e adaptando-se a ela.


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