Da minha janela
Da minha janela
Eu vejo o mar,
Errante, a ir
Para depois
Poder voltar;
Da minha janela
Eu vejo o ar,
Numa nuvem,
Que por lá anda,
Sem pressas,
Como se andasse,
Sozinha, por lá
A andar por andar;
Da minha janela
Eu vejo o vento,
Numa folha,
Que caiu,
Desamparada,
Mas que, entretanto
Navega, na tua brisa
Que está a passar;
Da minha janela,
Eu vejo o que vejo,
Vejo tudo, vejo nada
Vejo só, vejo apenas
Aquilo que consigo,
Longe ou perto,
Avistar
Ou alcançar;
Da minha janela,
Eu vejo mesmo sem ver,
Por que vejo o que vejo
E ainda o que sou capaz
De imaginar ou sonhar;
Da minha janela,
Eu vejo a vida,
Rica, de uma riqueza
Única, sem par
Mas só se a consigo
Ter por perto,
Quando me ponho
Sozinho, a imaginar;
Da minha janela
Eu vejo o mundo,
Um mundo sem fundo,
Até onde sou capaz
De o imaginar ou sonhar.
MA, "SobreViver", 2013, pp. 52/3.
Da minha janela
Eu vejo o mar,
Errante, a ir
Para depois
Poder voltar;
Da minha janela
Eu vejo o ar,
Numa nuvem,
Que por lá anda,
Sem pressas,
Como se andasse,
Sozinha, por lá
A andar por andar;
Da minha janela
Eu vejo o vento,
Numa folha,
Que caiu,
Desamparada,
Mas que, entretanto
Navega, na tua brisa
Que está a passar;
Da minha janela,
Eu vejo o que vejo,
Vejo tudo, vejo nada
Vejo só, vejo apenas
Aquilo que consigo,
Longe ou perto,
Avistar
Ou alcançar;
Da minha janela,
Eu vejo mesmo sem ver,
Por que vejo o que vejo
E ainda o que sou capaz
De imaginar ou sonhar;
Da minha janela,
Eu vejo a vida,
Rica, de uma riqueza
Única, sem par
Mas só se a consigo
Ter por perto,
Quando me ponho
Sozinho, a imaginar;
Da minha janela
Eu vejo o mundo,
Um mundo sem fundo,
Até onde sou capaz
De o imaginar ou sonhar.
MA, "SobreViver", 2013, pp. 52/3.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.